"Ó Deus, criaste-nos para Ti e o nosso coração vive inquieto enquanto não repousa em Ti!" (Santo Agostinho)

"Faça poucas coisas, mas as faça bem!" (São Francisco de Assis)

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

FELIZ NATAL!


Que neste Natal 
o amor transborde em gestos de solidariedade, doação e encontro de irmãos.

  
E vários voluntários em Espírito Santo estão, com certeza, fazendo o seu Natal valer à pena. Depois de 7 dias de chuva, famílias, desoladas, recebem donativos arrecadados. Mais que ajuda material, estas famílias estão recebendo solidariedade e esperança.


Reprodução TV Vitória

Quando tudo parece perdido...


... a esperança vem do alto.

Quem verdadeiramente celebramos no Natal?



quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Rezem o Rosário todos os dias.


Nossa Senhora em cada uma das suas aparições, nos instruiu que rezássemos o Rosário todos os dias.

O Rosário nasceu para que pudéssemos resolver os problemas mais importantes em nossas vidas, nos acompanha na alegria e nos momentos de provação.



Uma das mais impressionantes pinturas de Michelângelo (1475 - 1564), "O Juízo Final", na Capela Sistina do Vaticano, representa duas almas sendo puxadas por um terço. São as almas de um africano e um asiático.


Ficheiro:Michelangelo Buonarroti 006.jpg

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Devoção Mariana e culto das imagens

     Depois de ter justificado doutrinalmente o culto da Bem-aventurada Virgem, o Concílio Vaticano II exorta todos os fiéis a tornarem-se os seus promotores: "Muito de caso pensado, ensina o sagrado Concílio esta doutrina católica, e ao mesmo tempo recomenda a todos os filhos da Igreja que fomentem generosamente o culto da Santíssima Virgem, sobre tudo o culto litúrgico, que tenham em grande estima as práticas e exercícios de piedade para com Ela, aprovado no decorrer dos séculos pelo magistério".

   Com esta última afirmação os Padres conciliares, sem chegar a determinações particulares, queriam reafirmar a validade de algumas orações como o Rosário e o Angelus, caras a tradição do povo e frequentemente encorajadas pelos Sumos Pontífices, como meios eficazes para alimentar a vida de fé e a devoção à Virgem.

     O texto conciliar prossegue pedindo aos fiéis que "mantenham fielmente tudo aquilo que no passado foi decretado acerca do culto das imagens de Cristo, da Virgem e dos Santos".

     Repropõe assim as decisões do II Concilio de Niceia, que se realizou no ano 787 e confirmou legitimidade do culto das imagens sagradas, contra quantos queriam destruí-las, considerando-as inadequadas para representar a divindade.

      O II Concilio de Niceia não se limitam a afirmar a legitimidade das imagens, mas procura ilustrar a sua utilidade para a piedade cristã: "Com efeito, quanto mais frequentemente estas imagens forem contempladas, tanto mais os que as virem serão levados à recordação e ao desejo dos modelos originários e atributar-lhes, beijando-as, respeito e veneração.

     Trata-se de indicações que valem de modo particular para o culto da Virgem. As imagens, os ícones e as estátuas de Nossa Senhora, presentes nas casas, nos lugares públicos e em inúmeras igrejas e capelas, ajudam os fiéis a invocar a sua presença constante e o seu misericordioso patrocínio nas diferentes circunstâncias da vida. Ao tomarem concreta e quase visível a ternura materna da Virgem elas convidam a dirigir-se a ela, a suplicar-lhe com confiança e a imitá-la acolhendo com generosidade a vontade divina.

     Nenhuma das imagens conhecidas reproduz o rosto autêntico de Maria, como já reconhecia Santo Agostinho contudo, ajudam-nos a estabelecer relações mais vivas com Ela. Deve ser encorajado portanto o uso de expor as imagens de Maria nos lugares de culto e noutros edifícios, para sentir a sua ajuda nas dificuldades e o apelo a uma vida cada vez mais santa e fiel a Deus.

     Para promover o correto uso das sagradas efígies, o Concílio de Niceia recorda que "a honra tributada à imagem na realidade, pertence àquele que nela é representado; e quem venera a imagem, venera a realidade daquele que nela é reproduzido".

     Assim adorando na imagem de Cristo a Pessoa do Verbo Encarnado os fiéis realizam um genuíno ato de culto, que nada tem em comum com a idolatria.

     De maneira análoga ao venerar as representações de Maria, o crente realiza um ato destinado em definitivo a honrar a pessoa da Mãe de Jesus

     O Vaticano II exorta, porém, os teólogos e os pregadores a evitarem tanto exageros como atitudes de demasiada estreiteza na consideração da dignidade singular da Mãe de Deus. E acrescenta: "Estudando, sob a orientação do magistério, a Sagrada Escritura, os santos Padres e Doutores, e as liturgias da Igreja expliquem como convém as funções e os privilégios da Santíssima Virgem, os quais dizem todo respeito a Cristo, origem de toda a verdade, santidade e piedade".

     A autêntica doutrina mariana é assegurada pela fidelidade à Escritura e à Tradição, assim como aos textos litúrgicos e ao Magistério. A sua característica imprescindível é a referência a Cristo: tudo, de fato, em Maria deriva de Cristo e para Ele está orientado.

     O Concílio oferece, por fim, aos fiéis alguns critérios para viverem de maneira autêntica a sua relação filial com Maria: "E os fiéis lembrem-se que a verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira mas nasce da fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa Mãe e a imitar as suas virtudes" (Orig. O.R.)


(Padre Luis Kondor)

Se Beato João Paulo II fosse vivo, faria 35 anos de Pontificado amanhã, dia 16 de outubro.
     

     

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Consagração a Nossa Senhora de Fátima - Papa Francisco

    Papa Francisco realizou nesse domingo, dia 13, o Ato de Consagração do mundo à Virgem Maria. Diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, a mesma da Capelinhas das aparições, o Santo Padre confiou a Maria a humanidade afligida pelo mal e ferida pelo pecado.

     A imagem venerada na Capelinha das Aparições esteve pela terceira vez no Vaticano e retornou a Portugal logo após a Missa. Papa Francisco repetiu o gesto realizado pelo João Paulo II em 13 de maio de 1982.


    

      Fátima é um lugar importante de encontro do Céu e da Terra, de Deus com os homens; um lugar onde os cristãos de todo o mundo se reúnem para celebrar as grandes festas da sua fé impregnadas da Mensagem que, em 1917, foi dirigida do Céu aos três pastorinhos.

     Esta Mensagem é um chamamento autêntico para a conversão e para a condução da vida segundo o Evangelho. A Mensagem de Fátima fala do futuro da humanidade: de sérios perigos e ameaças, e também da possibilidade de salvação e de promessa de misericórdia divina.

     A Mensagem de Fátima nem sempre se escuta com agrado, pois pede conversão e penitência. No entanto, não pode deixar de ser ouvida, porque todos os homens receiam a desgraça e aspiram a salvação.

     Em tudo o que passamos, experimentamos o poder de Deus. Isso fortifica a nossa fé. Recebemos um enorme sinal: Deus abala o poder do mal e escuta as orações perseverantes. E contudo, não se realizou até agora a conversão do povo.

     Há certamente muitos cristãos que dão glória a Deus e aceitam os Mandamentos divinos como fundamento para os seus atos. No entanto, aumentou a indiferença religiosa de muitos. Estão em perigo certos valores da nossa fé. São negados ou atraiçoados. Por isso, continua o apelo de Fátima por todo o mundo: rezai pela conversão dos pecadores!


     A Igreja não vai deixar de anunciar o Evangelho. Para isso foi enviada. E nós queremos ser testemunhas disso. A conversão só será ouvida se o Espírito Santo abrir nossos corações e nos mover para a renovação da vida. Só Ele o pode fazer. E Ele quer fazê-lo. Para isso chama os homens para o Seu serviço. Por isso somos chamados a dar testemunho daquilo que nos foi concedido e a rezar para que este testemunho seja aceito.

     Não é necessário provar que a recitação do Terço produz esses frutos. Nós meditamos na obra da Redenção, quando contemplamos com Maria os mistérios da Encarnação da Morte e Ressurreição de Jesus e enchemos o nosso coração com aquilo que meditamos. Porque não há de o Espírito Santo, a Quem invocamos com Maria, atender a nossa oração pela conversão doa pecadores.

     "A boca fala da abundância do coração." É impossível calar aquilo que experimentamos e aquilo que nos preocupa. Não nos arde o coração sermos testemunhas? Que a força do Espírito Santo frutifique esse ardor pela conversão do mundo.



     

domingo, 22 de setembro de 2013

O menino que descobriu as palavras

Era uma vez, um menino
que, ainda bem pequenino,
descobriu, todo contente,
que palavra é que nem gente:
umas são festa e alegria,
como palhaço e folia;
outras são sempre tristeza,
como doença e pobreza.

Percebeu o menininho
que a palavra carinho
até as plantas entendem,
todos os seres compreendem,
não se conteve e gritou:
"carinho é filho do AMOR!"

O menino descobriu,
ficou feliz e sorriu,
que algumas são brilho, luz,
como a palavra Jesus;
outras são dura verdade
como tempo, dor, saudade;
palavras, pura beleza,
como homem e natureza.

Palavras, só emoção,
como poesia e canção.

Descobriu que a mais querida
é sempre a palavra VIDA.

(SANTOS. Cineas & ARCHANJO. Gabriel, O menino que descobriu as palavras. SP, Ática, 1992.)




Como a corça

     Mais do que a corça procura as águas correntes, muito mais te procura hoje o meu coração, meu Deus. É que Tu, Senhor, me puseste na alma maiores desejos, mais elevados que os anelos do cervo, mais cheios de sede. Tu, Senhor, és bem maior, bem melhor, muito mais desejável do que toda as águas da terra e do céu. Tu me deste uma sede até maior que a da terra seca. Então eu corro para Ti mais veloz do que a corça, que deixa para trás seu galope altaneiro. Porque Tu és a fonte, és o Criador e a água, és o alvo e a razão de ser de meus flechaços, eu voo em direção a Ti e, ainda trêmulo, Te encontro. 

"Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo", desde o dia em que me fizeste para Te amar galopando, até conseguir Te alcançar em disparada certeira.

(Jesús Mauleón - Paulus)


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Maria a nos amar


“Como vou dizer, como me expressar,
algo lindo de sentir e difícil de explicar.

Algo acima da razão.
É mais que uma paixão.

Dá forças para crescer, dá forças para viver.
e dá forças para sonhar.

É Maria a nos amar.”
(31/05/1996)


Puro e perfeito é o amor


“Puro e perfeito é o amor.
Mistério de vida há em Nosso Salvador.
Se eu não tiver amor
proveito algum terei e
a vida fria seria.
Sentido não encontraria e
dentro de mim haveria um eterno deserto.”

(31/05/1996)


terça-feira, 17 de setembro de 2013

O que você fizer...

"O que você fizer
ao menor de meus irmãos
é a Mim que você terá feito."

Nada que aconteça pode 
me separar de meu Deus.
Nenhum rosto bonito pode
me separar de meu Deus.
Nada que digas pode
me separar de meu Deus.
Nenhum astro de TV pode
me separar de meu Deus.
ois estou colada Nele
como selo na carta.

(Filme: Mudança de hábito - 06/05/1996)


Tudo para a maior glória de Deus

Sim!
Eu quero!
Quero, eu vou, e... deixando tudo, seguiu o Senhor.

Eu vou segui-Lo
Onde quer que vá
Eu vou segui-Lo
Nada irá me separar Dele.
Nem a mais alta montanha
Nem o oceano profundo
Nada irá me separar do meu Deus
Pois eu O amo
Ele é meu Deus.

(Pastoral Vocacional das Missionárias de Nossa Senhora das Dores - 06/05/1996)


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Crueldade nunca mais

Recebi uma mensagem sobre o Movimento Crueldade Nunca Mais, com a participação de 200 cidades. Entrei no site para dar uma olhadinha sobre esse movimento e ... simplesmente é algo inexplicável, tamanha maldade com que vários animais são tratados. Sei que isso existe, não descobri agora, mas quando você para e se dá conta da quantidade, é... ASSUSTADOR.

Acredito que a frase "Quanto mais conheço o ser humano, mais gosto do meu cachorro" (do periquito, do gato, do papagaio, da tartaruga...) é cada vez mais, infelizmente, apropriada para os nossos dias. Ou será que sempre foi?



Nesta segunda-feira, dia 13, acordamos (04h58) com o "chorinho" de um cachorrinho. Meu irmão pensou que fosse o nosso cocker que havia mais uma vez machucado a patinha de tanto cavar. Levantou, foi dar uma olhadinha no quintal e para sua surpresa era um filhotinho. Muito fofo! Com frio, fome e muito medo.

Com certeza, São Francisco de Assis estava bem acordado cuidando de mais um bichinho abadonado, porque além do nosso cocker, Bethoven, que é muito mal humorado e ciumento, temos um mastif inglês, Bandit, que não fizeram nada, sabe o que é nada. Pois é, ninguém aqui em casa acreditou no que viu. Um minúsculo filhote, todo babado e sem um arranhão no nosso quintal. Parece-me que os animais sabem, melhor do que nós, seres humanos, cuidar de quem realmente precisa. Temos muito que aprender com os animais.

Olha ela aqui! Não é fofa?!


Agora, estamos tentando achar um LAR para ela, porque nem tudo que é bom dura para sempre e os dois donos do quintal já estão começando a reclamar. Está muito difícil achar alguém que queira ter esta responsabilidade, principalmente nesta época, Carnaval, quando a grande maioria larga os animais nas ruas porque não querem perder a folia e não tem como carregar o seu melhor amigo, afinal, ele não bebe, não tem dinheiro e não sabe contar piadas de mau gosto, mas eles sabem como ninguém dar carinho, cuidar da casa e porque não dizer também, que eles sabem exatamente o dia que você está precisando de um "colinho". Outros deixam seus amiguinhos em casa sozinhos, o que acaba trazendo também muitos problemas porque podem fugir, eles se sentem tristes sem companhia e acabam fugindo.

Isso tem que acabar! Eles são tão indefesos e não merecem ser tratados dessa forma.

Pois é... que tipo de animal nós somos?


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Tudo igual?



     Se Deus quisesse tudo semelhante, igual, teria feito só a rosa, mas fez outras flores, aos milhares; teria feito só a banana, mas fez outros frutos, aos milhares; teria feito só o tubarão, mas fez outros peixes, aos milhares; teria feito só a águia, mas fez outras aves, aos milhares; teria feito só um tipo de pessoa, mas fez gente de todas as cores, jeitos, raças e tamanhos. Pouca gente é realmente parecida.

      Mais: Se Deus quisesse tudo igual, não teria feito as pessoas de tal maneira diferentes. Cada um de nós tem o seu DNA, uma espécie de arquivo confidencial do ser humano, pelo qual se podem identificar, com pouquíssima margem de erro, as características de um ser humano. É o nosso cartão de identidade universal. Não existem dois seres humanos com a mesma marca; nem os gêmeos são iguais.

      A ciência está descobrindo o que a religião já sabia: que Deus criou e cria cada ser humano de maneira especial. Mas ela está descobrindo também, mais depressa do que os pregadores de religião, que é impossível a humanidade pensar e sentir do mesmo jeito. Há uma diversidade de sentimentos e pensamentos em cada ser.

      Enquanto a ciência luta para valorizar o diferente, preservar as espécies e salvar da extinção as espécies de vidas raras, destruídas, modificadas ou engolidas pelas outras, esses pregadores querem engolir os outros e lutam para que todo mundo um dia pense, ore, cuspa, ame, louve, dance e diga aleluia como eles. Não toleram outras religiões e fazem de tudo para provar que os outros são errados e eles, certos, melhores e únicos.

      Em resumo: Se Deus um dia destruísse todas as pessoas, tais pregadores certamente sobreviveriam, porque são os únicos escolhidos. Ilusão das ilusões! Se Deus permitiu tantos caminhos de fé, deve ser porque Ele sabe conviver com a fé dos seus filhos. Quem não sabe conviver com a fé dos outros são os religiosos; os maus.

      Uma das conquistas da igrejas e dos países foi o diálogo e a tolerância, depois que a intolerância fez milhões de vitimas. A volta da intolerância religiosa e da pregação de fanáticos que insistem que Deus só aceita gente como eles não ajuda em nada. Isso não é amor.

(José Fernandes de Oliveia (Padre Zezinho) pertenceá Congregação do Sagrado Coração de Jesus, é escritor, compositor, cantor e dedica-se à Pastoral da Comunicação.)  


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Pedir sabedoria

          Jesus alertou e repetiu o alerta: cuidado com os falsos profetas (cf. Mt 7, 15-23). Parecem mansas ovelhinhas, mas são lobos a comer o prato da fé pela beirada. Têm tanto poder em enganar que até falsos milagre realizam para iludir o povo em nome de Deus. Nada os detêm em busca de adeptos, dinheiro, honrarias, poder político e adoração que vem com postura de santos e profetas do altíssimo. Jesus diz que até os santos, os eleitos, cairiam na conversa deles.
          Perguntem aos exegetas. É este o teor dessa pregação de Jesus. Ele estava advertindo seus seguidores para que tomassem cuidado com quem se apossa da doutrina e da fé do povo e o leva a aventuras espirituais perigosas. O apóstolo Paulo teve que enfrentar isso várias vezes. Pedro é duro ao falar dessa gente. É só ler os Atos e as Epístolas para ver que o problema dos falsos profetas milagreiros e santos não é novo.
          As Igrejas todas etão precisando de mais doutrina, consoante o que Paulo pede a Timóteo, uja fé é sincera. Ele deve guardar bem a doutrina que aprendeu (cf. 2Tm 1, 5; 3, 14) sobre morte e ressurreição, proibição de alimentos, anúncios de castigos e fim de mundo. Cuidado com as pessoas que gostam muito de si mesmas ou de dinheiro, que se gabam de seus poderes, orgulhosas, abusivas e irreverentes, ingratas, sem amor e misericórdia, incapazes de perdoar quem não adere a elas. Têm aparência de gente santa, mas negam o poder de Deus. Envolvem as pessoas simples e carentes. Paulo diz que estão sempre aprendendo sem assimilar coisa alguma (cf. 2Tm 3, 1- 9). De resto, Jesus já condenara tais pregadores que fingiam orar em casas de viúvas ricas, mas queriam mesmo os bens delas (cf. Mc 12, 40), a pretexto de prolongadas vigílias e orações. Jesus diz que para tais falsos profetas o castigo seria muito maior.
       Estes são tempos que exigem discernimento e sabedoria. Há verdadeiros e falsos pregadores e profetas entre nós. Sem a graça da sabedoria, corremos atrás de santos e profetas que parecem santos, mas não são. Segundo Jesus, todo cuidado é pouco diante dessa gente. Os verdadeiros seguidores de Jesus não se deixam enganar por discursos piedosos. Exigem conteúdo que não deturpe nem a Bíblia nem os ensinamentos da Igreja. O resto é mentira.

(José Fernandes de Oliveira - Padre Zezinho - pertence a Congregação do Sagrado Coração de Jesus, é escritor, compositor e cantor. Revista Família Cristã. Paz Inquieta.)



quarta-feira, 3 de julho de 2013

Fuja dos rótulos

Às vezes, os rótulos são colocados por causa de características verdadeiras: o cara que nunca paga nada para ninguém passa a ser considerado pão-duro. Outras vezes, as pessoas rotulam por gozação, maldade, crítica, ou ironia: a gordinha, o narigudo, o manquinho. Também acontece que, por causa de uma bobagem feita uma única vez na vida, a pessoa fique marcada para sempre. Por exemplo, ela se esquece de pagar uma só conta e fica com fama de caloteira.
De qualquer forma, rotular os outros é sempre leviandade. Quem costuma fazer isso gosta de cutucar a ferida e, normalmente, vai naquilo que mais dói ou atrapalha a vida de uma pessoa. É maldade pura. O coitado do rotulado terá muito trabalho e sofrimento para se livrar disso. Ninguém gosta de ficar marcado e nem merece, principalmente se for por causa de uma característica depreciativa.
Determinados rótulos magoam mais, outros, menos. Algumas pessoas não se importam, levando na brincadeira, outras se sentem marcadas, incomodadas e prejudicadas, com a auto-estima abalada. O problema não está tanto em quem é rotulado, mas sim, em quem rotula. Este é que precisa analisar por que faz isso: maldade, inveja, leviandade?
É claro que todos nós, mesmo sem querer, colocamos rótulos, num papo bobo, numa conversa maldosa, ou na hora da raiva. O problema é fica na marcação! Essa atitude, em alguns casos, pode ter consequências sérias na vida da outra pessoa. Precisamos ter mais respeito e consciência para não ficar por aí, rotulando as pessoas, mesmo de brincadeira. Isso ainda é mais cruel com crianças e jovens, pois eles não têm defesa, acreditam no que os adultos dizem e podem se anular, assumindo o rótulo como verdade única sobre si mesmos.
Tanto faz se o rótulo refere-se a um defeito físico, uma falha de caráter ou uma característica psicológica. De qualquer jeito, ele faz sofrer. Dói mais, porém, quando ele é uma verdade incontestável. A pessoa vê seu defeto exposto, mas não tem como mudar e sente-se inferiorizada. Então, em vez de reagir e transformar-se, ela se afunda. O rótulo destrói o que ela tem de melhor, deixando evidente só o negativo. 
(Maria Helena Brito Izzo é terapeuta clínica e familiar - Revista Família Cristã / Comportamento)

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Oração de menino

          PAPAI DO CÉU, por favor me ajude!
          Não quero ser o melhor jogador de todo o mundo. 
        Não desejo ser muito rico, bonito, forte ou o mais inteligente. 
Apenas desejo ser eu mesmo.
       Ainda que fosse aleijado, cego ou deficiente mental... 
       Que venha a ser poco admirado, amado ou compreendido... 
     Até mesmo doente, abandonado, maltratado e de tudo carente...
 Mas que seja eu mesmo. 
Com meu nariz bicudo ou de batata, olhos vesgos, dedos curtos ou alongados como os dedos dos passarinhos... 
Pés grandes, cabelos arrepiados, de pele branquela, morena ou crioula, analfabeto ou doutor... mas que, sem tirar nem por, seja eu mesmo.
 PAPAI DO CÉU, me perdoe por esse querer, ou perdão para aqueles que querem me modificar para me fazer melhor do que o Senhor me fez. 
Eles não sabem que goiabeira não dá jaca, 
nem pé de milho dá melancias!
     PAPAI DO CÉU, faça todo mundo entender que sou certo, direito, 
perfeito, assim do jeito que o Senhor me fez!
   PAPAI DO CÉU, por favor, me ajude!

(Célio Barroso)

Texto literário e texto não-literário

Não há um conteúdo exclusivo dos textos literários nem avesso a ele. Os textos literários privilegiam certos temas de acordo com a época.
o texto literário recria o real num plano imaginário. É necessário conseguir discernir o real do fictício e essa diferença reide no fato de que o texto literário tem uma função estética e o texto não literário tem uma função utilitária (informar, convencer, explicar, documentar, etc).
A função utilitária não se importa por exemplo com o plano da expressão (os sons), vai direto ao conteúdo. No plano da função estética se preocupa com o ritmo, com a expressão, inova e recria com organização contribuindo para a significação.
No texto literário e escritor procura recriar o mundo através das palavras, não se preocupa apenas com o que se diz, mas o modo como se diz.
O peta francês Valéry diz que quando se faz um resumo do texto não-literário, apreende-se o essencial e quando se resume o texto literário, perde-se o essencial. Não se pode mudar nenhuma palavra de lugar, suprimir ou acrescentar.
O texto literário é conotativo e o texto não-literário aspira a ser denotativo.
No uso estético da linguagem, procura-se criar relações entre as palavras, estabelecer associações inesperadas e estranhas. A linguagem em função utilitária pretende ter um único significado.

(Anotações feitas no período da faculdade de Letras - 2006)

Finá de ato (trabalho de Linguística)

Adispôs de tanto amor
De tanto cheiro cheiroso
De tanto beijo gostoso
Nós briguemos
Foi uma briga fatá, eu
disse: Cabou-se!
Ele disse: Cabou-se!
E nós dois fiquemos mudo,
sem vontade di falá.
Xinguemos, sim, nós 
se xinguemos.

Como se pode axingá:
_ Ô mandiga de sapo seco!
_ Ô bala de cururu!
_ Tu fica no norte
que eu vou pru sur.
Não quero te ver nem
pintado de carvão
lá no fundo do quintá.
E se eu contigo sonhá
Acordu e rezu um Creio em Deus Pai
Pru modi não me assombrá.
É... o Brasil é muito grandi
Bem podi nos separá
Eu engoli um salucio
Ele, engoliu bem uns quatro.
Larguemo o pé pelo mato
Passou-se tantos tempo
Que nem é bom recordar...

Onti, nós si encontremus
Nenhum tento disfaçá
Eu parti pra riba dele
Cum um fogo aceso no oiá
Que se num fosse um cabra de osso
Tava aqui dois pedaçu

Foi tanto cheiro cheiroso...
Foi tanto beijo gostoso...
Acontece nós si alembremos
O Brasil... é tão pequeno
Nem pode nos separá.

(Autor desconhecido. Adaptação de Gertrudes da Silva Jimenez Vargas)

As correntes e o crucifixo no peito de Nossa Senhora de La Salette




Em La Salette, Nossa Senhora apareceu usando uma Cruz e uma corrente todas especiais.




Mélanie, ela própria nos contou como eram:

“A Santa Virgem tinha uma belíssima cruz pendurada no pescoço. Essa cruz parecia ser dourada, mas digo dourada para não dizer que era folheada a ouro (...). Sobre esta cruz brilhantíssima havia um crucificado.”
“Era Nosso Senhor com os braços estendidos sobre a cruz. Quase nas duas extremidades da cruz, de um lado havia um martelo e do outro uma torquês.”

“A cor da pele do crucificado era natural, mas brilhava com grande fulgor. E a luz que emanava de todo seu corpo parecia dardos brilhantíssimos que perpassavam meu coração de desejo de me fundir n’Ele.’

“Por vezes Cristo parecia morto."



“Ele tinha a cabeça inclinada e o corpo estava afastado, como a ponto de cair, se não fosse retido pelos pregos que o seguravam na cruz.’

“Outras vezes Cristo parecia vivo. Tinha a cabeça erguida, os olhos abertos, e parecia estar na cruz por vontade própria.’

“E em algumas ocasiões parecia falar”.
 

Geralmente interpreta-se o martelo como símbolo daqueles que pela sua má vida, pelo menosprezo da Lei divina e até pelo ódio, pregam ainda mais Nosso Senhor Jesus Cristo na cruz.

Nesta concepção a torquês representa aqueles que, pelas suas boas ações, diminuem as dores de Nosso Senhor, e dentro de suas possibilidades tentam despregá-lo da cruz.

“A Santíssima Virgem – lembra ainda Mélanie – tinha duas correntes, uma um pouco mais larga que a outra. Da mais estreita estava pendurada a cruz à qual me referi. Essas correntes (é preciso dar-lhes o nome de correntes) eram raios de glória de grande brilho, que não é fixo mas faiscante”.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Onde Deus está?

Para experimentar Otávio, o professor diz:
_ Já que tudo sabes, vem cá. 
Otávio chega perto de seu professor e este pergunta:
_ Em que parte da extensão terrestre ou celeste Deus está?
Por um momento apenas, fica mudo Otávio. Mas logo esta resposta dá:
_ Eu, senhor, lhe daria tudo, se me dissesses onde é que Ele não está!

(Olavo Bilac) 

 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Paraíso e inferno

         (Na Terra há um ensaio de paraíso celeste e infelizmente um cursinho de inferno.)

          A Bíblia fala de dois paraísos e de apenas um inferno. Gentileza dos autores, porque assim como há um paraíso terrestre e outro celeste, há também um inferno dos demônios e outro inferno dos homens, que é uma espécie de filiai do inferno dos demônios. Basta olhar ao nosso redor, ler a Bíblia ou os livros de História para ver como alguns representantes do ser humano conseguiram criar ao seu redor um clima de céu, enquanto outros, desequilibrados e desqualificados, implantaram o seu vestibular de inferno por onde andaram. Nero, Calígula, Genghis Khan, Hitler, Idi Amin são apenas alguns exemplos da crueldade humana. Mas há milhares de pequenos e grandes destruidores. Alguns não matam, apenas roubam bilhões dos cofres do país, deixando o seu povo sem recursos; o que significa matar de fome ou de doenças a longo prazo.
          Torturadores, assaltantes, ladrões de milhões, desviadores de verbas federais; gente que enriqueceu à custa do dinheiro público, destruiu a reputação alheia, massacrou, soltou bombas, explodiu, implodiu pessoas; terroristas que enfeitam seus crimes com a palavra "ideal político", mas ódio e vingança são as ações praticadas por eles, ao deixarem uma bomba por onde passam seres humanos inocentes... pessoas cheias de ódio que fazem de tudo para destruir, derrubar, diminuir ou puxar o tapete das outras e que não hesitam em matar... matadores de aluguel que apagam os que nem sequer conhecem... todos estes são colaboradores do diabo. São Paulo tem uma lista bem maior nas suas epístolas aos Romanos e a Timóteo. O Apocalipse aumenta a lista, e Jesus se encarrega de chamar alguns religiosos de filhos o diabo e candidatos ao inferno porque mentem a fim de ganhar mais adeptos ou matam, como o matara para salvar as suas igrejas. Quem lê a Bíblia de olhos abertos sabe do que estou falando.
          Por isso, é bom lembrar que paraíso é um lugar de harmonia, diálogo, respeito e felicidade. O terrestre acabou por causa do orgulho humano. Na Terra restou um ensaio de paraíso celeste e infelizmente um cursinho de inferno. Os fofoqueiros, caluniadores, torturados, terroristas, manipuladores de dinheiro e fama a qualquer preço estão mais para inferno do que para céu.

(Revista Família Cristã - Paz inquieta - José Fernandes de Oliveira (Padre Zezinho)

quarta-feira, 19 de junho de 2013

terça-feira, 21 de maio de 2013

Corpus Christi

A solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo, conhecida como festa de Corpus Christi, é celebrada na quinta-feira, depois da festa da Santíssima Trindade. É uma festa que deve ser vista no contexto da devoção ao Santíssimo Sacramento, que surgiu no decorrer do século XII, para realçar a presença real de Cristo no mistério eucarístico.

Esta festa litúrgica, fruto da devoção eucarística, do costume de elevar a hóstia após as palavras da narrativa da instituição (consagração), com grandes concentrações populares e procissões, esta intimamente ligada à liturgia que marca o início do Tríduo Pascal na quinta-feira santa. A alegria que marcou a última ceia de Jesus com seus discípulos se prolonga em cada Eucaristia celebrada no decorrer do ano litúrgico, com seus ciclos e festas.

O mistério central da Páscoa do Senhor é a Eucaristia, celebrada como um todo, cada dia, especialmente a cada domingo.

A Eucaristia é memorial da Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, verdadeiro sacrifício, sacramento da nossa unidade com Cristo e da humanidade entre si e mistério que antecipa e realiza nossa esperança futura. Nas três orações da festa do dia, manifestamos nossa convicção neste tríplice significado da Eucaristia. Na oração dia, rezamos: "Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção... "Na oração sobre as oferendas, pedimos: Concedei, Ó Deus, à vossa Igreja dons da unidade e da paz, simbolizados nos pão e no vinho que oferecemos na sagrada Eucaristia."  Na oração depois da comunhão, confirmamos que a nossa participação na Eucaristia nos ajuda a "possuir o gozo eterno da vossa divindade, que já começamos a saborear na terra."

A Eucaristia nos é apresentada a partir da dimensão sacrifical e como aliança entre Deus e seu povo. A aliança de Deus se cumpre na Páscoa de Jesus, como recordamos no relato institucional e se conclui com sua oferta sacrifical em favor de todos nós. A Eucaristia é alimento na caminhada do dia-a-dia.

Após a celebração Eucarística, é costume realizar a procissão com o Santíssimo Sacramento. Esta procissão foi introduzida, também no século XII, como um exercício de piedade, em praças ou ruas, para manifestar publicamente a fé cristã ("católicos") na presença real de Cristo na Eucaristia. Dessa forma, a Igreja expressa, de modo solene, o culto à Eucaristia fora da missa.

Após a realização do Concílio Vaticano II, que revalorizou a Igreja como povo de Deus a caminho, esta festa, sobretudo a procissão com o Santíssimo Sacramento, precisa ser situada no espírito da liturgia e do contexto da celebração da Eucaristia como herdamos das origens. Assim, estaremos ajudando as pessoas a estabelecer laços de comunhão com Deus e com os irmãos na fé.

A celebração da Eucaristia, a procissão com o Santíssimo Sacramento pelas ruas, muitas delas enfeitadas com belos tapetes artesanais, a benção solene ao povo, sejam uma ocasião para o crescimento na fé, esperança e caridade, a exemplo de Jesus Cristo "presente no meio de nós", a quem queremos seguir mais de perto.

Que a participação nessa festa e em todas as celebrações eucarísticas nos ajude a saborear os tesouros do Mistério Pascal do Senhor, presente de forma real-substancial na Eucaristia. Igualmente importante é ver a Eucaristia prolongando-se na vida, de modo especial no engajamento eclesial e no empenho pela transformação da sociedade.
 
 (Pe. Ivo Ferreira de Amorim - Professor de Teologia IFTAV)


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Dízimo

          Para um estudo aprofundado sobre o dízimo, eis alguns trechos da Bíblia a serem pesquisados:

                   Experimentar Deus: Leitura - Malaquias 3, 8-11

                   Estar em dia com Deus: Leitura - Êxodo 22, 28-29
                   Leitura - 2 Coríntios 9, 6-7