"Ó Deus, criaste-nos para Ti e o nosso coração vive inquieto enquanto não repousa em Ti!" (Santo Agostinho)
"Faça poucas coisas, mas as faça bem!" (São Francisco de Assis)
"Faça poucas coisas, mas as faça bem!" (São Francisco de Assis)
domingo, 19 de junho de 2011
Pecado Social
Vivemos em uma sociedade que dependemos uns dos outros.
Que seria de nós sem o padeiro, sem o bombeiro?
Essa dependência gera uma certa responsabilidade mútua. Nós somos levados a nos ajudar uns aos outros. Até mesmo por interesse próprio. É conveniente para mim, por exemplo, que o meu vizinho esteja bem de saúde, pois assim não há perigo dele me contaminar com alguma doença.
Num plano superior, há o desejo de Deus: "amai-vos uns aos outros". Essa responsabilidade é cada vez maior, quanto mais estreito é o laço da convivência que nos une ao outro: marido e esposa, pais e filhos, irmãos e irmãs, namorados, noivos, vizinhos, amigos,...
Se faltarmos com essa nossa participação na vida do outro, não o estamos amando e, portanto, transgredindo uma lei natural e sobrenatural; daí o pecado. Estamos prejudicando a vida do outro com a nossa recusa em ajudá-lo, em ouví-lo, em tolerá-lo: logo, o nosso ato tem uma consequencia social. Não sou o único prejudicado, estou importunando mais alguém com a minha atitude. Isso é o que chamamos pecado social.
Essa recusa pode ter consequencias mais ou menos graves, conforme a importância da ajuda que estamos negando e, deste modo, também o pecado será mais ou menos grave.
Igualmente, todo e qualquer ato de amor que dedico ao próximo nos aproxima mais de Deus. Como disse Santo Agostinho: "a alma que se eleva, eleva o mundo".
É infantilidade pensar que pecar é somente cometer uma falta grave, do tipo matar, roubar, etc. Pecar não é só fazer o mal, é também deixar de fazer o bem, é o pecado da omissão.
Devemos conscientizar-nos de que somos um membro desse vasto corpo que é a Igreja e se não estivermos bem, todo esse organismo sofre por isso. Como ensina a sabedoria popular: "ninguém se salvará sozinho, nem também se perderá sozinho".
Dê um pouco de si ao seu meio social. Comece por sua casa.
(Texto retirado de uma revista religiosa de 1971, mas bem atual. É uma lástima, mas o nome do padre não estava legível.)
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