"Ó Deus, criaste-nos para Ti e o nosso coração vive inquieto enquanto não repousa em Ti!" (Santo Agostinho)

"Faça poucas coisas, mas as faça bem!" (São Francisco de Assis)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Respeito ao próximo

(Estes fofinhos são Fellipe Gabriel e Paulo Henrique)

Nesta vida temos a capacidade, sem mesmo perceber, de influenciar nas ações do nosso próximo e até mesmo de mudar a sua vida. E essa influência tanto pode ser benéfica como também pode ser o contrário, causando uma tremenda confusão na cabeça do outro e até mesmo causando sentimentos desagradáveis tais como: dúvida, raiva, tristeza, inferioridade, descrença e outros mais. Estes sentimentos geralmente surgem porque os permitimos e assim é com todos os sentimentos que temos, sendo eles positivos ou negativos.
Cada um de nós recebeu uma educação em nossa vida, valores e crenças que adquirimos de nossos pais, ou do meio que vivenciamos até a faixa etária dos 7 anos, que é o período que os especialistas dizem ser necessário para a formação do caráter. Esta educação pode até ser semelhante ao de outra pessoa, mas nunca igual. E na caminhada com certeza encontraremos pessoas que saberão respeitar isso e outras que não, desrespeitado totalmente o jeito único de ser de cada um, querendo passar por cima daquilo que o outro é e daquilo que acredita, simplesmente pelo fato de achar que as suas crenças é que são válidas, ou que seus valores são melhores que do outro, ou mesmo por acreditar que isso é o melhor para tal pessoa. E tentam nos mudar. E quando conseguem o fazem com o nosso consentimento, porque permitimos.
Sei que muitas vezes questionamos porque algumas pessoas são assim, porque agem desta ou daquela maneira, porque acreditam nisso ou naquilo. Algumas destas atitudes nos causam estranheza mesmo. Mas geralmente é difícil parar e pensar: “essa foi a criação que recebeu”, “é deste modo que aprendeu a viver”, “isso é o que ela pensa ser o correto”. E EU DEVO RESPEITAR. Se estiver certa ou errada tal atitude, não somos nós que devemos julgar. Só Deus pode julgar. Mas como é difícil pensar assim, não é mesmo?!
A primeira coisa que o outro quer fazer é mudar aquilo que acredita estar “atrapalhando”, que acredita estar “errado”, ou dizem: "mude e sua vida vai melhorar". Quando aceitamos essa mudança, que pode ser o nosso jeito de vestir, o corte de cabelo, o nosso time, e até mesmo a nossa religião, é porque não percebemos que na verdade a pessoa responsável por nossa mudança não conseguiu respeitar aquilo que somos e não conseguiu realmente nos aceitar da forma que somos. Muitos se anulam porque querem fazer parte da “turma”; ou porque quer ser bem visto por alguém, que pode ser uma pessoa do trabalho, da vizinhança, do clube, pode ser o namorado ou a namorada. A razão dessa atitude geralmente é sempre a mesma, ser aceito, ser amado, ser estimado, porque não dizer também, para ver se a vida melhora ou se fica mais animadinha e os problemas serão resolvidos. Então, o nosso verdadeiro EU se anula e vai perdendo a sua essência, vai perdendo aquilo que, até aquele dia acreditava ser o correto. E não podemos nos enganar, não acontece somente com crianças e adolescentes. E quando nós mesmos não estamos satisfeitos com o que somos ou no que acreditamos até mesmo os programas de TV, as novelas, os cantores, nos influenciam a certas mudanças e aceitamos.
Bom seria se fossemos capazes de iniciar o respeito pelo “EU” do nosso próximo e soubéssemos respeitar. Bom seria se as crianças aprendessem desde cedo com o exemplo e o amor dos pais que não devemos ter vergonha de nos aceitar e respeitar quem somos e a aceitar e respeitar quem é o nosso próximo.
Eu agradeço aos meus pais pela educação que recebi, pelos valores que me passaram e principalmente pelo amor que aprendi a sentir desde pequena por Deus e pela Virgem Santíssima.
(Escrevi este texto em 1998 - VRS)

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