que, ainda bem pequenino,
descobriu, todo contente,
que palavra é que nem gente:
umas são festa e alegria,
como palhaço e folia;
outras são sempre tristeza,
como doença e pobreza.
Percebeu o menininho
que a palavra carinho
até as plantas entendem,
todos os seres compreendem,
não se conteve e gritou:
"carinho é filho do AMOR!"
O menino descobriu,
ficou feliz e sorriu,
que algumas são brilho, luz,
como a palavra Jesus;
outras são dura verdade
como tempo, dor, saudade;
palavras, pura beleza,
como homem e natureza.
Palavras, só emoção,
como poesia e canção.
Descobriu que a mais querida
é sempre a palavra VIDA.
(SANTOS. Cineas & ARCHANJO. Gabriel, O menino que descobriu as palavras. SP, Ática, 1992.)