(Imagem de Nossa Senhora Aparecida que peregrina de casa em casa desde 15 de agosto de 1980, na Reza do Terço) Deus Pai querendo a Redenção do mundo “enviou seu Filho, nascido de uma mulher... para assim fazer de nós filhos adotivos (Gal 4, 4-5). Deus Filho por amor a nós e para nossa salvação desceu do céu e se encarnou, por obra do Espírito Santo, na Virgem Maria. Unidos a Cristo, os fiéis devem venerar, em primeiro lugar, a Gloriosa sempre Virgem Maria, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em vista dos méritos de seu Filho, foi redimida de um modo mais sublime (Imaculada Conceição). Tem a dignidade sublime de ser Mãe do Filho de Deus, e por isso filha predileta do Pai e sacrário do Espírito Santo. Sendo Mãe de Cristo (Cabeça do Corpo Místico), é também dos membros de Cristo (os fiéis).
É honrada pela Igreja como sua Mãe. E nosso modelo na fé e na caridade. Ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós (CV 141 – 142).
Maria na Anunciação
Assim como a mulher (Eva) contribuiu para a morte, Deus Pai quis que outra mulher contribuísse para a vida. Maria deu ao mundo a própria vida, Jesus Cristo. Para isso foi imune de toda mancha do pecado. Dotada desde o primeiro instante de sua conceição (concepção) dos esplendores da santidade. É por isso que a Virgem de Nazaré foi saudada, por ordem de Deus, pelo Anjo anunciador como “Cheia de Graça” (Lc 1, 28). E Ela respondeu “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38).
Consentiu, pois, em fazer Mãe de Jesus. Abraçou de todo o Coração a vontade de Deus Salvador. Sem ser retida por nenhum pecado, consagrou-se totalmente pessoa e obra do seu Filho. Serviu submetida a Ele e com Ele ao mistério da redenção. Não foi instrumento passivo, cooperou com a fé e toda a obediência.
A Virgem Maria e o Menino Jesus
Está unida a Ele desde o primeiro instante de sua virginal conceição.
Vai com pressa visitar Isabel e é saudada por causa de sua fé na salvação prometida. João Batista, que iria a frente do Salvador, exultou no seio de sua mãe (Lc 1, 41-45).
No Natal, cheia de alegria, a Mãe de Deus mostra aos pastores e Magos o seu Filho, que não lhe violou a virgindade.
Quando O apresenta no Templo ao Senhor, ouve de Simeão eu Filho seria um sinal de contradição e que uma espada transpassaria seu coração de mão (Lc 2, 34s)
Tendo Jesus 12 anos, perde-se dos pais que O procuram com dor e o encontram no Templo, ocupado nas coisas que eram de seu Pai.
E Maria conserva isso tudo em seu coração para meditar (Lc 2, 41-51).
A Virgem Maria no Ministério Público de Jesus
Já no começo, em Caná, movida de misericórdia, conseguiu o inicio dos sinais (Milagres) de Jesus, o Messias.
Durante suas pregações, Ele proclamou bem aventurado os que ouvem e guardam a palavra de Deus (Mc 3, 35) (Lc 11, 27-28) tal como Ela mesma fazia (Lc 2,9). Assim avançou em peregrinação e fé, manteve a sua união com o Filho até a morte e morte de Cruz (Jo 19, 25), como ninguém mais sofreu com seu Unigênito.
Com amor materno, associou-se ao Seu sacrifício, consentindo no sacrifício da vítima por Ela mesma gerada.
Jesus na Cruz deu Maria como Mãe ao discípulo: “Mulher, eis aí teu filho” (Jo 19, 26-27).
A Virgem depois da ascensão do Senhor
Antes e no dia de Pentecostes, os Apóstolos preservaram “em ação e oração com as mulheres e Maria, mãe de Jesus” (At 1, 14). Maria implora com suas preces o dom d Espírito, o qual já na Anunciação a havia coberto cm sua sombra.
Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada de toda mancha da culpa original, terminado o tempo de sua vida terrestre, foi elevada (assunta) em corpo e alma à glória celeste.
Maria Modelo da Igreja como Virgem e Mãe
Em virtude de ser Mãe de Deus e de sua missão (“Eis aí o teu filho”), Maria está intimamente relacionada com a Igreja. Assim ocupa na Igreja um lugar eminente com modelo de virgem e de mãe. Pela fé e obediência, sem ter relação com nenhum homem (virgem), por obra do Espírito Santo, gerou o próprio Filho do Pai. Ele é o primeiro entre muitos irmãos. Ela agora coopera na geração e formação dos fiéis.
As Virtudes de Maria que devem ser imitadas na Igreja
Em Maria a Igreja já atingiu a perfeição. Nós os cristãos, ainda nos esforçamos para crescer em santidade vencendo o pecado. Por isso elevamos os olhos a Maria como exemplo de virtudes para todas as comunidades.
Quando Maria é amada, proclamada e cultuada, leva os fiéis a seu Filho, ao sacrifício do Filho e ao amor do Pai. Assim progredimos na fé, esperança e caridade, procurando e cumprindo a vontade de Deus em tudo. Ela é o exemplo para todos os que desejam cooperar na missão da Igreja: salvar os homens.
Natureza do Culto de Maria
Desde o começo da Igreja, Ela é venerada como Mãe de Deus, sob cuja proteção os fiéis se refugiam. Ela mesma havia dito com palavras proféticas: “Chamar–meão bem-aventurada todas as gerações, porque em mim fez grandes coisas o Poderoso” (Lc 1, 48). O culto que se presta a Maria, porém, não é culto que se presta a Deus Filho, Deus Pai e Deus Espírito Santo. Mas as várias formas de devoção à Mãe de Deus favorecem o culto a Deus. Daí o grande valor das várias formas de devoção a Maria. É preciso estar atento para lembrar que todos os privilégios de Maria levam a Jesus, esta é a verdadeira devoção a Nossa Senhora.
(Padre Paulo Corrêa Pinto)