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sábado, 26 de junho de 2010

Ressurreição

Qual é a sua dúvida?


Não é o dogma da Ressurreição da carne contrário à razão? Como é possível que cada um ressuscite com o mesmo corpo que agora tem?


A razão humana por si só não poderia nunca conhecê-lo de certeza, mas cremo-lo firmemente, porque a Igreja Católica, Mestra infalível da Divina revelação, o declarou, em nome da Bíblia e da Tradição, artigo de fé em seus Credos: Apostólico, Niceno e Atanasiano; e em seus Concílios: no de Constantinopla, em 553; e no IV de Latrão, em 1215.


Este último diz: Todos os homens se levantarão de novo com os próprios corpos que agora têm, para receber o prêmio ou o castigo conforme as suas obras.


Esta doutrina vem já expressa no Antigo Testamento.


A princípio, apresenta-se-nos vaga.


Depois vai-se precisando lentamente até se nos mostrar em toda a sua luz.


O s Profetas predisseram a restauração de Israel, sob a figura de ressurreição geral (Oseias, 6; 13, 14; Ezeq. 37, 11); e referem-se a Ressurreição de Cristo como penhor da nossa (Slm 15, 10).


Nosso Senhor falou frequentemente da Ressurreição dos corpos aos Saduceus e atribuiu a sua negação à ignorância das Escrituras (Mt. 22, 29; Mrc. 12, 18-27; Lc. 20, 27-38; Jo. 5, 28-29; 6, 39-40; 11, 23-26).


A sua Ressurreição (Lc. 24, 39-43; Jo. 20, 27-28) no mesmo Corpo, confirma o seu divino ensino acerca da Ressurreição dos nossos corpos.


São Paulo pregou-a diante do Aéropago em Atenas (ACT. 17, 18, 31-32), em Jerusalém (Act. 23, 6), diante de Félix (ACT. 24, 15) e diante de Agripa (Act. 26, 8), e menciona-a muitas vezes em suas Epístolas (Rm. 8, 11; 1Cor. 6, 14; 15, 12; 2Cor. 4, 14; 6, 1; Filip. 3, 1; Ress. 4, 12, 2Tim. 2, 11; Herb. 6, 2).


Prova a ressureição dos mortos pela Ressureição de Cristo, declarando que se os mortos não hão de ressuscitar depois da morte, também Jesus Cristo não ressuscitou (1Cor. 15, 13; Cfr. S. Tom. 111, Q. 56, art. 1).


Todos os santos Padres falaram claramente da Ressurreição dos mortos, porque se viam continuamente na necessidade de a defender contra os pagãos, que negavam a imortalidade da alma, e contra a heresia gnóstica, que professava que toda a matéria era má.


Declaravam: que era uma verdade divinamente revelada; que não era impossível ao infinito poder de Deus (S. Ciril. de Alex.: Cat. 18); que estava bem, que Deus ressuscitasse um corpo que tinha sido templo do Espírito Santo e nutrido com a Eucaristia (S. Iren.Adv. Haer; 4, 18) e que não era justo privar o corpo do prêmio, ou do castigo, dado à alma (S. Clem. Ad. Cor; 1, 25).


Valiam-se muitas vezes de analogias, tiradas da natureza como do grão de trigo, que primeiro apodrece no seio da terra, e depois renasce e apresenta-se melhorado; da sucessão das estações do ano e do prodígio do profeta Jonas (Mt. 12, 39-40).


O Dogma da Ressurreição depois da morte não implica somente a imortalidade da alam (Maior: A Ressurreição of Retics), implica a real e completa ressurreição do homem na plenitude de sua natureza.

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