Milagres

Milagres, ainda existem?

O milagre é habitual. Basta um pouco de coração e sensibilidade para descobrí-lo na superfície do cotidiano mais trivial.

* É uma experiência de vida , de cada dia. Ninguém ama o que não conhece. Para amar é preciso conhecer, estar perto, conviver.
Por outro lado, conhecer demais é perigoso também. A proximidade banaliza. A proximidade rouba o mistério, tornando tudo caseiro, demasiado nosso. Já Napoleão lembrava, com ironia e sagacidade:
_Ninguém é gênio aos olhos do seu criado de quarto!
A rotina é um dos maiores inimigos do homem. E a rotina nasce da proximidade, do que é muito familiar.

* Os homens criaram ídolos e mitos. Criaram e adoraram.
Já reparaste que os ídolos são invariavelmente pessoas que não fazem parte do nosso círculo próximo, domiciliar ou social? São pessoas que estão longe... fora do nosso alcance. Desfilam nas telas do cinema, da televisão. São fotografadas, televisionadas e aparecem nas revistas.
Muita gente sabe tudo a respeito dos seus ídolos. Sua altura, seu perfume e sabonete prediletos, o número exato de desquites e casamentos já acontecidos em sua vida. Estão por dentro da vida, costumes, manias e preferências de seu ídolo. Mas ele é distante, longínquo, inacessível.

* "Santo de casa não faz milagre" - reza aquele ditado popular.
Não faz milagre, por quê? Porque a gente não acredita que faça.
Crescemos, quando acredita em nós. Fazemos um trabalho com amor, quando acreditamos nesse trabalho, quando estamos motivados a realizá-lo.
Raramente deixamos que os "santos de casa" façam milagres. Será vaidade, ciúme ou orgulho da nossa parte? Não sei. Sei apenas que a frase de Cristo continua imorredoura:

_NENHUM PROFETA É BEM ACEITO EM SUA PÁTRIA.

Por que essa frase de Cristo? Simplesmente porque seu patrícios murmuravam:
_Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, que todos conhecemos bem demais?
É... para que os milagres aconteçam, basta uma pequena atitude nossa: acreditar que o milagre possa ser realizado. Mesmo por aqueles que convivem conosco, bem próximos de nós.
Para que alguém opere um milagre, precisamos antes de mais nada dar um voto de confiança e crédito a esse alguém.

ACREDITAR É AMAR.
A QUANTAS ANDA TEU AMOR?

Nossa Senhora

Sonetos a Maria

Vocação Mariana

Em cada peito, em cada coração,

onde a virtude angelical habita,

numa sublime vocação palpita

o amor à Imaculada Conceição!

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É a vocação denre as demais bendita

que ao bem nos faz amar com devoção...

Sinal divino, predestinação,

seguro leme nesta vida aflita!...

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Jamais o inferno ardente consumiu

quem por Maria a luta prosseguiu

fiel à fé na dor e na alegria...

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Da vida humana, efêmera, ilusória,

quero alcançar apenas esta glória;

se puro e casto filho de Maria!

(José Tomas de Castro)

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Ressurreição

Qual é a sua dúvida?

Não é o dogma da Ressurreição da carne contrário à razão? Como é possível que cada um ressuscite com o mesmo corpo que agora tem?

A razão humana por si só não poderia nunca conhecê-lo de certeza, mas cremo-lo firmemente, porque a Igreja Católica, Mestra infalível da Divina revelação, o declarou, em nome da Bíblia e da Tradição, artigo de fé em seus Credos: Apostólico, Niceno e Atanasiano; e em seus Concílios: no de Constantinopla, em 553; e no IV de Latrão, em 1215.

Este último diz: Todos os homens se levantarão de novo com os próprios corpos que agora têm, para receber o prêmio ou o castigo conforme as suas obras.

Esta doutrina vem já expressa no Antigo Testamento.

A princípio, apresenta-se-nos vaga.

Depois vai-se precisando lentamente até se nos mostrar em toda a sua luz.

O s Profetas predisseram a restauração de Israel, sob a figura de ressurreição geral (Oseias, 6; 13, 14; Ezeq. 37, 11); e referem-se a Ressurreição de Cristo como penhor da nossa (Slm 15, 10).

Nosso Senhor falou frequentemente da Ressurreição dos corpos aos Saduceus e atribuiu a sua negação à ignorância das Escrituras (Mt. 22, 29; Mrc. 12, 18-27; Lc. 20, 27-38; Jo. 5, 28-29; 6, 39-40; 11, 23-26).

A sua Ressurreição (Lc. 24, 39-43; Jo. 20, 27-28) no mesmo Corpo, confirma o seu divino ensino acerca da Ressurreição dos nossos corpos.

São Paulo pregou-a diante do Aéropago em Atenas (ACT. 17, 18, 31-32), em Jerusalém (Act. 23, 6), diante de Félix (ACT. 24, 15) e diante de Agripa (Act. 26, 8), e menciona-a muitas vezes em suas Epístolas (Rm. 8, 11; 1Cor. 6, 14; 15, 12; 2Cor. 4, 14; 6, 1; Filip. 3, 1; Ress. 4, 12, 2Tim. 2, 11; Herb. 6, 2).

Prova a ressureição dos mortos pela Ressureição de Cristo, declarando que se os mortos não hão de ressuscitar depois da morte, também Jesus Cristo não ressuscitou (1Cor. 15, 13; Cfr. S. Tom. 111, Q. 56, art. 1).

Todos os santos Padres falaram claramente da Ressurreição dos mortos, porque se viam continuamente na necessidade de a defender contra os pagãos, que negavam a imortalidade da alma, e contra a heresia gnóstica, que professava que toda a matéria era má.

Declaravam: que era uma verdade divinamente revelada; que não era impossível ao infinito poder de Deus (S. Ciril. de Alex.: Cat. 18); que estava bem, que Deus ressuscitasse um corpo que tinha sido templo do Espírito Santo e nutrido com a Eucaristia (S. Iren.Adv. Haer; 4, 18) e que não era justo privar o corpo do prêmio, ou do castigo, dado à alma (S. Clem. Ad. Cor; 1, 25).

Valiam-se muitas vezes de analogias, tiradas da natureza como do grão de trigo, que primeiro apodrece no seio da terra, e depois renasce e apresenta-se melhorado; da sucessão das estações do ano e do prodígio do profeta Jonas (Mt. 12, 39-40).

O Dogma da Ressurreição depois da morte não implica somente a imortalidade da alam (Maior: A Ressurreição of Retics), implica a real e completa ressurreição do homem na plenitude de sua natureza.

Vida sobrenatural

VIDA SOBRENATURAL
QUAL É A SUA DÚVIDA?

Não entendo o que é vida sobrenatural: por que a gente diz que é VIDA?

1. O homem por sua natureza tem duas vidas: animal + racional. O ANIMAL nasce, cresce, come, engorda, emagrece, morre. O RACIONAL entende, ama, odeia, admira o belo, ri ao ouvir uma piada... Isso é o homem : animal racional.

2. Mas nós sabemos, pela fé, pela Bíblia e a Tradição, que Deus criou o homem, não como simples CRIATURA animal racional: criou o homem como FILHO. Essa filiação divina é uma verdadeira VIDA, chamada SOBRENATURAL. (Porque está acima da natureza do homem como tal. Essa vida foi perdida pelo pecado de Adão e recuperada por Cristo na sua morte.)

3. Morrendo na cruz, Cristo fez jorrar os sete SINAIS de sua graça. Como sete canais jorrando da cruz. O primeiro é o BATISMO, pelo qual recebemos de novo aquela VIDA SOBRENATURAL perdida pelo primeiro pecado. Essa vida batismal é alimentada pela Eucaristia. Quando se perde pelo pecado, recupera-se pela PENITÊNCIA ou CONFISSÃO. (Relacione com essa vida sobrenatural os outros sacramentos.)

Viu? O sobrenatural é uma VIDA. Diferente, acima por completo da VIDA NATURAL, mas vida verdadeira.

Essa vida nós chamamos GRAÇA HABITUAL porque é um DOM de Deus permanente em nós. Chamamos graça santificante, vida interior, vida espiritual, vida divina, conforme o aspecto que a gente quer destacar. E agora, que você, começou a entender, comece a VALORIZAR mais o sobrenatural.

Padre Zezinho

Comece em sua casa

Dizem que os jovens de hoje em dia estão se casando mais tarde. Dizem que os jovens de hoje em dia estão se casando mais cedo. Dizem que os jovens de hoje em dia estão desvalorizando a família. Dizem que os jovens de hoje em dia não dão a mínima para o sacramento do matrimônio. Dizem muitas coisas dos jovens, mas quando os jovens começam a falar de família, percebe-se que no fundo, bem no fundo de seus corações teimosos e ousados, eles sonham com uma família onde exista afeto, respeito, ternura e amor. Os jovens não estão contra a família. O que não entendem é a sua caricatura...