"Ó Deus, criaste-nos para Ti e o nosso coração vive inquieto enquanto não repousa em Ti!" (Santo Agostinho)

"Faça poucas coisas, mas as faça bem!" (São Francisco de Assis)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Estamos em construção

Realmente é sensacional ler as mensagens do Pe. Carlos A. Schmitt, fala em nossos corações.

Diz ele:

           Somos seres inacabados,
                                imperfeitos,
                                cheios de limitações.
          Só DEUS é PERFEITO,
          livre dos desequilíbrios e das instabilidades
          que nos são próprias.

          É por isso que muitas vezes desanimamos
          na busca da perfeição.
          Gostaríamos
          que tudo acontecesse mais rápido,
          que não voltássemos a recair nas mesmas faltas,
          que fossemos, enfim, melhores do que somos.
          E quando isso não acontece, a tristeza
          e o desanimo começam a se infiltrar,
          devagarinho, em nosso coração.
          Perdemos a vontade de lutar, pensando
          de nada adianta, que é melhor deixar as coisas
          correr como estão, uma vez que se tentou
          tantas vezes e nada se conseguiu...

         Essa é a nossa tentação, amigo;
         a sua e a minha.
         A tentação de seres em construção, que têm
         o infinito diante de si e sentem as forças
         diminuírem e nem sempre encontram alguém
         que saiba compreender sua situação
         e reconforta-los para a caminhada.

         Nunca se esqueça: quando o consolo humano
         lhe faltar ou nada mais significar
         em meio as suas mágoas,
         A PALAVRA DE CRISTO
         será sempre a força definitiva que
         novamente o erguerá, se você, de fato,
         lhe abrir o coração e deixar que ele entre.

        Medite muitas vezes na palavra inspirada
        do Apóstolo Paulo, referindo-se
        ao poder transformante de Cristo.


                                                                                       Tudo posso naquele que me conforta. (Fl 4,13)

sábado, 15 de dezembro de 2018

A realidade do dia-a-dia

(Um texto de Pe.Carlos A. Schmitt - Uma palavra de conforto)


          Ouço diariamente vozes suplicando por ajuda.
          É muito pouco o que desejam. Mas, é tudo:


Um pouco de amor
um pouco de esperança
um sorriso fraterno
um gesto de compreensão
uma palavra de conforto,
um sinal de VIDA NOVA que os
reanime para a caminhada.

São corações aflitos, cansados, sofridos,
esmagados pela vida, cuja cruz
se tornou pesada demais.

É certo que todos vivemos
momentos difíceis,
momentos de solidão e angústia; 
momentos de desânimo e tristeza;
momentos de decepção e lágrimas.

É então que precisamos, mais do que nunca, voltar
nosso coração para Deus.
Ele é a Fonte para nossa fraqueza.
O alento para nosso desânimo.
A vida para a nossas mortes.

Na medida em que renascemos,
lembremo-nos
do irmão que também espera de nós
uma palavra de conforto, para que possa
ressurgir, superando as dificuldades diárias,
à luz de uma vida sempre renovada.

Nó temos o poder da linguagem de Deus
em nossas palavras, por frágeis
e pobres que sejam.
Confiemos nesse poder e coloquemos em prática
a preocupação que Deus tem com os que sofrem.
Vivamos hoje o que o profeta Isaías nos diz,
e mais alguém há de sorrir de novo;

O Senhor Deus deu-me a linguagem da um discípulo
para que eu saiba reconfortar pela palavra o que está abatido. (Is 50,4)

(Simplesmente um texto sábio e tão atual, pois o mesmo foi escrito em 1983).



terça-feira, 11 de setembro de 2018

O que queremos?

Quando li o texto que segue, pensei no quanto ele é atual, mesmo após 31 anos.



A gente se acostuma a tanta coisa e, para mudar, sofre, pois é preciso uma longa e, por vezes, dolorosa caminhada de readaptação, de abandono do "velho", de abdicação de coisas que nos impuseram...

Fomos acostumados a receber "tudo pronto", sem discussão...

Fomos acostumados a tomar decisões rápidas, de última hora, sem tempo para refletir...

E, sem refletir, fomos obrigados a ser "oportunistas", para não perder privilégios; a ser bajuladores, para atingir nossos interesses; a ser golpistas também, para impor nossas "proposições"; a pisar, competitivamente, sobre os outros, para atingir nossos objetivos... E, sem refletir, nos deixamos penetrar pela desconfiança e pelo descrédito...

Fomos obrigados a receber "pacotes" sem tempo para avaliar o que continham e sem chance de não sofrer-lhes a influência.

Por isso, hoje, quando nos dão oportunidades de criar e instalar um mundo novo, uma escola nova, nos tornamos, na prática, dicotômicos: 
- pregamos participação e continuamos a decidir sozinhos;
- queremos que todos falem, opinem, mas não damos a todos oportunidades para isso;
- pregamos reflexão, mas forçamos decisões precipitadas;
- queremos "ação consciente", mas impomos "regras", "normas", "leis", sem discussão;
- "valorizamos' o debate, mas não queremos "perder tempo"...

 Mas afinal, o que queremos?

                               (Maria D. de F. Griebeler - Revista Mensageiro -março - 1987 - vol. 93 - n 1.048)